Poupar
Controlo do Dinheiro
Renumeração pelo trabalho realizado
Gastar de forma sensata
Falar abertamente sobre dinheiro
Gerir um orçamento
Investir
Desenvolver espírito de iniciativa e empresarial
Gerir o crédito
Doar
A educação financeira aprende-se. Quando e como começar?A educação financeira não é uma capacidade inata, pelo que necessita de ser trabalhada e aperfeiçoada ao longo da vida. Como tal, deve começar a ser desenvolvida desde muito cedo, ainda na infância, por volta dos três anos de idade.
Extremamente curiosas e sempre dispostas a aprender tudo e a experimentar novas situações, é nesta fase que começam a pedir coisas, pelo que já se consegue ensinar várias questões relacionadas com o dinheiro.
Assim, pode começar a mostrar o que é caro e barato, assim como a diferença do que se compra por necessidade e por impulso.
É neste momento que pais e professores podem fazer as crianças compreender que não se deve desperdiçar dinheiro.
E, porque o processo de aprendizagem das crianças é, em grande parte, baseado na imitação dos adultos, importa aqui salientar que é fundamental que exista coerência entre o que os pais ensinam e o que fazem.

1) Diferença entre semanada e mesada:
• Semanada: dinheiro dado semanalmente. Ideal para crianças entre os 6 a 11 anos, uma vez que o tempo é mais curto e mais fácil de gerir.
• Mesada: dinheiro dado mensalmente. Mais adequado para adolescentes a partir dos 12 anos, pois é mais fácil nestas idades planear a longo prazo.
2) Defina o valor com base na idade e responsabilidades
O importante é o valor ser simbólico, o foco é a aprendizagem na gestão do dinheiro, não o consumo. No entanto, é fundamental que o valor atribuído permita gastos e poupança, de modo que a criança não se sinta frustrada e desenvolva a ideia de que não é possível poupar.
3) Ajude a organizar o dinheiro
• Gastar agora (curto prazo)
• Guardar (médio prazo)
• Investir (longo prazo)
• Doar (opcional – ensina empatia e partilha)
Uma regra simples: 50% gastar, 30% guardar, 20% investir ou doar.
4) Não dê mais se o dinheiro acabar antes do tempo
Se gastar tudo, precisa esperar a próxima semanada/mesada. Desta forma aprendem as consequências da falta de gestão do dinheiro.
5) Inclua tarefas ou metas
• Dar o valor fixo (não condicionado)
• Ou incluir uma parte variável de acordo com as tarefas que a criança possa realizar (como lavar o carro ou ajudar em casa)
6) Converse sobre escolhas
Sempre que puder, pode perguntar:
• “Precisas disso?”
• “E se esperares mais uma semana?”
• “Como poderás economizar para comprar algo?”
7) Controle os gastos recorrentemente em conjunto com a criança, que deverá explicar como gastou o dinheiro.
Momentos que pode aproveitar para educar financeiramente as crianças.

O plano de gastos funciona como um Raio-X da vida financeira. É um exercício simples, em papel ou em formato eletrónico, que contempla todas as despesas e todas as receitas, mesmo as esporádicas.
É imprescindível não só para uma boa gestão financeira, como para programar o futuro. Deve ser feito no início do ano, tendo por base os objetivos de médio e longo prazo delineados, e, posteriormente, declinado em planos de gastos mensais.
Identificar o destino do seu dinheiro – faça uma lista de todas as despesas fixas e sazonais; anote todas as despesas da família durante um mês, mesmo as de valores mais baixos; determine as despesas por membro da família; analise cada rubrica e veja se é possível reduzir o seu valor.
Depois faça uma lista de todas as receitas mensais e esporádicas (ex: juros de depósitos a prazo; subsídio de férias ou de natal, etc)
Faça depois o balanço entre despesas e receitas.
Por último planeie a sua poupança mensal, que deve fazer parte dos seus gastos: ao fazê-lo está a pagar a si próprio primeiro!
O plano de gastos mensal também ple permite planear um recurso sustentado ao crédito e avaliar a sua capacidade financeira para pagar um empréstimo.
1) Avalie e compare diferentes propostas
2) Pergunte em caso de dúvida e questione sobre as condições do crédito
3) Leia o contrato integralmente
4) Assine apenas após ler e estar esclarecido/a
5) Guarde sempre uma cópia do contrato de crédito
Antes de pedir um crédito:
Pedir um crédito é uma decisão importante, cujo objetivo é suportar a sua qualidade de vida. No entanto, um crédito não ponderado pode afetar significativamente as suas finanças pessoais e do seu agregado familiar. Aqui estão os principais pontos a ter em conta antes de avançar:
I. Avalie a necessidade real do crédito que pretende solicitar
II. Capacidade de pagamento
a. Analise o seu orçamento mensal: rendimentos vs despesas
b. Calcule a taxa de esforço (idealmente não deve ultrapassar os 30-35%) – valor da prestação mensal a pagar face ao rendimento líquido mensal do agregado familiar
c. Analise a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global): inclui todos os custos (seguros, comissões, etc.) e compare-a entre propostas diferentes
III. Prazo do crédito – Prazos maiores = mensalidades mais baixas, mas paga mais juros no total
Pondere a subscrição de um seguro de Proteção ao Crédito, para prevenir eventualidades futuras +
Analise ou faça o seu plano de gastos mensal e depois de ver quanto sobra depois de pagar todas as suas contas veja quanto tem disponível para a prestação de um empréstimo. Pode calcular aqui a sua taxa de esforço (que lhe diz qual é o valor máximo que pode despender em prestações de empréstimos por mês com base no seu rendimento disponível.
Depois, investigue qual o tipo de financiamento mais adequado. A internet pode ser um ótimo aliado na pesquisa do mercado, sendo aconselhado pedir três propostas a instituições diferentes. Para uma correta comparação das propostas, analise as Fichas de Informação Normalizada (FIN) dos produtos. Tenha em consideração a TAEG – Taxa Anual Efetiva Global – que lhe indica o custo total do crédito e lhe permite comparar melhor cada uma das propostas.
Depois de escolher a melhor proposta, o consumidor deve, antes de assinar qualquer documento, esclarecer todas as perguntas e dúvidas que lhe surjam com a leitura do contrato.
O que são, como funcionam e o que cobrem
Os seguros de proteção do risco de crédito são uma garantia tanto para instituições financeiras como para consumidores, motivo pelo qual são frequentemente aconselhados e, em alguns casos solicitados, aquando da contratação de um empréstimo. Os cartões de crédito, porque são um instrumento de financiamento, também permitem a contratação deste tipo de proteção.
Habitualmente subscritos na altura em que se faz o contrato de crédito, estes seguros garantem o pagamento do capital em dívida, em caso de morte ou invalidez absoluta e definitiva, e o pagamento da prestação mensal, em caso de incapacidade temporária absoluta para o trabalho por doença ou acidente e desemprego/hospitalização. No caso dos cartões de crédito, existem ainda as coberturas de utilização fraudulenta e de proteção às compras, em que há a garantia de reposição do valor no prazo de x dias após a compra, caso se verifique algum problema com o bem.